Em minha raiz.

Por enquanto são as letras sementes.

Quero-as rente, no verso, na folha;

Suas escolhas variam aos meus repentes,

Ranjo os dentes mas espoco essa bolha.

Explode a rolha, goles efervescentes,

Frios, quentes, brinde aos versos nascidos,

Acontecidos sem gestação e crentes

Que não serão pro mundo: inválidos.

Assim os versos estranhos formam história,

Memória escrita ocupando o contexto

Bissexto seja o ano de sua glória,

Vitória! O restante vai pro cesto.

Por enquanto, revivendo o que não fiz

Risco em giz versos ocultos em minha raiz.

JRPalácio

OBRIGADO, MESTRE JACÓ, POR TÃO BELA E GENIAL INTERAÇÃO.

LOUCURA POÉTICA........

Vou construindo com palavra que pisei,

Os alicerces básicos dos castelos frios...

Arrebanho o verbo, e dou banho no rio,

Quando vem amor, respondo que já sei...

Garimpo adjetivos, pra dá mais colorido,

E procuro na gramática algo como cola,

Arranjo a conjunção, e o poema decola,

Quando os advérbios se vêem definidos...

O tema foi perdido na falta de pronome,

Ajuda ao dicionário, peço, sem sucesso...

Vi-me deputado dormindo no congresso...

De repente gritos diziam: não abandone,

Mas poemas só fala com o leitor,inverso...

Que estou louco sendo preciso,confesso...

JACÓ FILHO

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 05/03/2013
Reeditado em 08/03/2013
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