Em minha raiz.
Por enquanto são as letras sementes.
Quero-as rente, no verso, na folha;
Suas escolhas variam aos meus repentes,
Ranjo os dentes mas espoco essa bolha.
Explode a rolha, goles efervescentes,
Frios, quentes, brinde aos versos nascidos,
Acontecidos sem gestação e crentes
Que não serão pro mundo: inválidos.
Assim os versos estranhos formam história,
Memória escrita ocupando o contexto
Bissexto seja o ano de sua glória,
Vitória! O restante vai pro cesto.
Por enquanto, revivendo o que não fiz
Risco em giz versos ocultos em minha raiz.
JRPalácio
OBRIGADO, MESTRE JACÓ, POR TÃO BELA E GENIAL INTERAÇÃO.
LOUCURA POÉTICA........
Vou construindo com palavra que pisei,
Os alicerces básicos dos castelos frios...
Arrebanho o verbo, e dou banho no rio,
Quando vem amor, respondo que já sei...
Garimpo adjetivos, pra dá mais colorido,
E procuro na gramática algo como cola,
Arranjo a conjunção, e o poema decola,
Quando os advérbios se vêem definidos...
O tema foi perdido na falta de pronome,
Ajuda ao dicionário, peço, sem sucesso...
Vi-me deputado dormindo no congresso...
De repente gritos diziam: não abandone,
Mas poemas só fala com o leitor,inverso...
Que estou louco sendo preciso,confesso...
JACÓ FILHO