Xadrez
Move-se cadavérico o enigma do amor sonoro
E arrepia-me gotejando a luz no teto celeste
A cortina d’água fria em chama se transveste
Move-se noturno o silêncio num dia canoro
Barrica de figo amargo deste pé terreiro, sinhá!
Uma balburdia mulher, das dores do teu ventre,
Doía tanto que lembrava minha chaga maculada;
Rorejando na vesana do lusco que me mente.
Negavas com felicidade minhas juras eternas
Tomando meu folego sufocando meu espirito
Descartou-me à aurora nas águas das termas
Meu brado heroico é o movimento que omito
Um outrora símio que rugia na polpa da relva
Injuriado pela coragem que não deveria ter dito.