Xadrez

Move-se cadavérico o enigma do amor sonoro

E arrepia-me gotejando a luz no teto celeste

A cortina d’água fria em chama se transveste

Move-se noturno o silêncio num dia canoro

Barrica de figo amargo deste pé terreiro, sinhá!

Uma balburdia mulher, das dores do teu ventre,

Doía tanto que lembrava minha chaga maculada;

Rorejando na vesana do lusco que me mente.

Negavas com felicidade minhas juras eternas

Tomando meu folego sufocando meu espirito

Descartou-me à aurora nas águas das termas

Meu brado heroico é o movimento que omito

Um outrora símio que rugia na polpa da relva

Injuriado pela coragem que não deveria ter dito.

O Ancião, Serpentinas de Apogeu e um grande amigo.
Enviado por O Ancião em 05/03/2013
Reeditado em 05/03/2013
Código do texto: T4172818
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