Tomás Antônio Gonzaga
1744-1810
Quando escreveu a Lira dos Amores
Para Marília bela, o “anjo humano”,
O nobre poeta português hermano
Não se furtou de lhe tecer louvores.
Amava-a tanto, que nem mesmo as flores
Formavam as cores para o rosto arcano.
Nem mesmo o tempo causador de danos
Cessou no poeta a “fonte dos valores”.
E agora mesmo em minha mão segura
Releio o livro de uma capa dura
De um verso puro que jamais se apaga.
São versos meus que expressam o meu louvor
Pois quero eternizar o meu amor
Tal qual certeiro fez Tomás Gonzaga.