Persistência
Foram vestígios o que sobrou de nós dois,
Lembranças que insistem em meu afogar;
Quando estou por aí em um lugar a vagar,
Preso a esses litígios no agora e no depois.
Pois fico dividido em não ter o meu lugar,
Ando nas ruas e logo fico preso em anzóis,
Que são as reminiscências dos seus lençóis
E me prendem e persistem meu embriagar.
Desculpe-me, eu vim e não consegui voltar,
Eu não voltei inteiro e não serei nunca mais,
E mesmo que eu insista já não posso ocultar.
Flores, roupas, cores, tudo te lembra demais,
Como que dessas pegadas eu vou me soltar?
Se tudo que queria era não te perder jamais.