Mulher de Peito
Mulher de Peito
Soneto Alexandrino, em versos dodecassílabos mistos de agudos e trimétricos
Ser mãe é ter virtude bem mais definida,
que o pai inveja, mas pra si jamais acata!
É sorrir, é morrer de dor para dar vida!
Escrava ou rainha, sem coroa e sem chibata!
O Dia das Mães não deve nunca ter data!
Toda dia ela tem que ser enaltecida!
Mãe careta, cordial, entrona, amiga, chata...
Sempre atenciosa, mas nem sempre compreendida!
Não dorme nunca quando o filho perde o sono.
Pacientemente não reclama coisa alguma.
Mas, o filho, esse não! Simulando abandono,
fora de hora já quer mamar, e não tem jeito,
pula, esperneia, rola, briga, chora... em suma,
pra ser Mãe, tem que ser mulher de muito peito!