Fantasma
Tudo quanto haja se tu tocas, morre.
Até teu rastro estereliza o chão!
Em teu peito não bate um coração,
E o sorriso, em tua presença, corre!
Teu reino é sempre noite e frieza:
O reino dos que se passam calados;
O reino dos abraços retesados;
O reino do silêncio e da crueza;
Quando foi que tu morreste, de fato?
Quando foi que a luz queimou teus olhos?
Quem secou teu pranto e calou teu brado?
Oh, meu pobre moribundo, não vá!
Inda fica mais um pouco comigo!
Me põe pra dormir e me faz sonhar!