Fantasma

Tudo quanto haja se tu tocas, morre.

Até teu rastro estereliza o chão!

Em teu peito não bate um coração,

E o sorriso, em tua presença, corre!

Teu reino é sempre noite e frieza:

O reino dos que se passam calados;

O reino dos abraços retesados;

O reino do silêncio e da crueza;

Quando foi que tu morreste, de fato?

Quando foi que a luz queimou teus olhos?

Quem secou teu pranto e calou teu brado?

Oh, meu pobre moribundo, não vá!

Inda fica mais um pouco comigo!

Me põe pra dormir e me faz sonhar!

Schaggasz Roccha Netto
Enviado por Schaggasz Roccha Netto em 03/03/2013
Código do texto: T4169161
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