O Velho Vizinho

Quisera eu fugir da morte ingrata,

Aquela que nasceu de um crime ufano,

Destrói as esperanças de um humano,

E aos dotes dessa vida desbarata.

O jovem de uma mente tão sensata,

Mudou seu pensamento de ano em ano,

O senso transformou-se em desengano,

E o resto que sobrou ainda mata.

No espelho que revela a languidez

O vejo às vezes triste ao ver sua tez.

Oh! Pobre coração do meu vizinho.

À noite, como sombra da aflição,

Consigo ouvir, de longe, sua oração:

“Oh Deus não me abandone! Estou sozinho”.

SHAIANE DA SILVA BANDEIRA
Enviado por SHAIANE DA SILVA BANDEIRA em 02/03/2013
Código do texto: T4167895
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