Vinhas do destino

Remei numa chalupa em vinda nobre

— Que vós rogueis, eterna luz da lua.

A frente minha, nada me descobres!

— Agonizáveis finda lupa á frente tua?

Em aral vós habitastes a serra sina

Dos linhos pérvios, afronte o cobre

— Seria desnobre o olhar da menina?!

— Seriam puras as juras deste pobre?!...

Perder-me-ei adiante ... no mar ferino.

Rogar-te-ei no anélito do destino!

Nos vinhais divinos... ah, teu perfume!

— Seriam venais os lumes deste círio?

-- abarcaríeis nestes lírios? — Oh martírio!...

– Ah outrora, – inefável vinha em cume!

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 02/03/2013
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