Vinhas do destino
Remei numa chalupa em vinda nobre
— Que vós rogueis, eterna luz da lua.
A frente minha, nada me descobres!
— Agonizáveis finda lupa á frente tua?
Em aral vós habitastes a serra sina
Dos linhos pérvios, afronte o cobre
— Seria desnobre o olhar da menina?!
— Seriam puras as juras deste pobre?!...
Perder-me-ei adiante ... no mar ferino.
Rogar-te-ei no anélito do destino!
Nos vinhais divinos... ah, teu perfume!
— Seriam venais os lumes deste círio?
-- abarcaríeis nestes lírios? — Oh martírio!...
– Ah outrora, – inefável vinha em cume!
(Airton Ventania)