Soneto do amor de juventude
Dedicado à Nana e Gustavo, Rogério e Mariana
Um amor assim, vestido de decência,
É manto branco forrando o pó do mundo
É a eternidade morando no segundo
É a flor do bem, o canto da inocência.
Um amor assim, ornado de virtude,
É colibri bailando sobre a rosa
É a experiência tocando, cuidadosa,
A delicada tez da juventude.
É a mulher com ares de menina
E o menino que homem já se fez
Tramando, juntos, os fios de meiga sina.
O moço, afoito, ansiando por voltar.
E ela, aflita, contando cada mês.
Vão descobrir que amar é esperar.