Bela (Para Bellah)

Assim que teu versejar sagaz entorpeceu-me os sentidos

Lançando-me nas mais indecifráveis projeções

Compreendi a eternidade de segundos retidos

Nas mais imperceptíveis e reles distrações

Do lado de cá do vidro, cada pingo de chuva

É um traço de vida cristalizado que escorre

Como o vinho que faz sangrar toda a uva

O campo das vibrações teu encéfalo explore!

E nunca falte de tua boca a palavra certa

De tuas mãos o encantado traço da descoberta

Que almeja o poeta ao poetar!

E esses teus mergulhos em essências bem-vindouras

Como quem observa a imensidão debruçada à janela

Faz tal qual teu nome, também sua arte bela!

NOTA: Soneto dedicado a poetisa Bellah, que faz um trabalho artístico impecável em sua escrivaninha.

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 28/02/2013
Código do texto: T4165095
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