Eis que o soneto avança, incólume e indelével, sobre o século informático. (Glauco Mattoso)
O homem não morre
Dizia o Nelson (que Rodrigues era):
“Não morre o homem. Encantado fica”,
em outra esfera logo pontifica
nessa atomização que nos espera.
Será pedreira ou flor na primavera!
Gramados verdes!... Plantas do cerrado!
Volatizado olor na atmosfera,
ou chão batido para ser pisado...
O tempo avança consumindo a gente!
Meu pai, p’ra mim, lembrança boa e terna,
saudades tantas minha mãe me deixa.
Ninguém me vê em pranto ou funda queixa...
O encanto busco... Não me faço ausente...
Que importa lume ser ou ser caverna.
Brasília (DF), 27 de fevereiro de 2013.
O homem não morre
Dizia o Nelson (que Rodrigues era):
“Não morre o homem. Encantado fica”,
em outra esfera logo pontifica
nessa atomização que nos espera.
Será pedreira ou flor na primavera!
Gramados verdes!... Plantas do cerrado!
Volatizado olor na atmosfera,
ou chão batido para ser pisado...
O tempo avança consumindo a gente!
Meu pai, p’ra mim, lembrança boa e terna,
saudades tantas minha mãe me deixa.
Ninguém me vê em pranto ou funda queixa...
O encanto busco... Não me faço ausente...
Que importa lume ser ou ser caverna.
Brasília (DF), 27 de fevereiro de 2013.