HANDS
Quando me dei por conta, já estava em teus braços,
E na contagem regressiva dos teus divinos passos...
Olhei-te, como quem olha o próprio céu iluminado,
E fiquei, ali, inerte, à luz da lua inteira, abraçado!
Ah, as folhas que eu colhia... Teu nome eu escrevia!
Depois, soltava todas nas águas do riacho, só eu lia!
Minhas mãos em teu rosto, na tua boca encantada,
Tal qual portal para o espaço sideral, feliz entrada!
A vida seguindo seu curso, como se fosse um rio...
E nos levando, posto que somos apenas matéria vil!
Eu sorria até, de tua cachoeira... Dos cachos, lindos!
Tudo era intenso, o amor, a força dos ventos vindos,
E a certeza que a felicidade pra sempre perduraria!
Só nunca imaginei que por tudo isso muito choraria.