ROSA DE SANGUE

Loisa que desta vida nos separa,

E angústia que nesse meu peito tece

Esse véu que tão fúnebre enriquece

Os meus prantos que pra ela se resguarda.

E esse cântico que a noite se espalha

É a lira do peito meu que padece,

Rosa de sangue em meus olhos floresce

De lágrimas que umedece a mortalha.

Está morta! Tão fria, bela e adorada

Quimera que na vida me persegue

Anjo esse que de amor me embebe...

Estou vivo! Tétrico e sem mia amada

Perdido sem a luz dela em mia estrada

Andando no negror que me enlouquece...

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 27/02/2013
Reeditado em 27/02/2013
Código do texto: T4162991
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