SONETO
A alma pede que eu escreva e clama.
Vem socorrer-mea sensibilidade.
Doar-me ao papel acende a chama.
Derramo aí, então, toda a verdade.
A poesia me vem tão solidária!
Confeso: como posso resistir?
Com ela não me sinto como pária.
Sou feliz. Não posso dela fugir.
Os versos vão fluindo mansamente
E o coração vai se mostrando aberto
E aberta vai ficando minha vida!
Palavras escolhidas docemente
No distante que vem chegando perto
E assim minha missão fica cumprida!