Solitude
Eu sou triste, infinitamente triste,
Retesado no meu mundo interior!
Talvez seja a solitude que persiste
Ou a obscuridade em seu furor.
Olho pras paredes... Procuro além:
Uma certeza, um porquê - talvez...
Mas não há nada... Não há ninguém...
...Somente um fado e uma insensatez!
Sei que lá fora um mundo corre,
Vai depressa e não espera por mim!
Cá dentro, uma vida estagna ou morre;
Vou ter-me com fantasmas sem rosto,
Numa profusão de vozes sem fim;
Todas elas ecoando meu desgosto!