“Penso, logo existo” (René Descartes)
Poema cartesiano
E se hoje eu existo é, simplesmente,
por que me foi legada a opção.
Existo por que tenho um coração,
que vive a procurar o que há na mente.
Existo nas clareiras da razão,
bem como nos grotões da ignorância.
Existo no percurso e na distância
entre a realidade e a ficção.
E se hoje eu existo é, simplesmente,
por que alguém plantou uma semente
na cérvice de um ventre maternal:
um espermatozoide inconsequente,
que me deu, como último presente,
o cinza de uma massa cerebral.
Poema cartesiano
E se hoje eu existo é, simplesmente,
por que me foi legada a opção.
Existo por que tenho um coração,
que vive a procurar o que há na mente.
Existo nas clareiras da razão,
bem como nos grotões da ignorância.
Existo no percurso e na distância
entre a realidade e a ficção.
E se hoje eu existo é, simplesmente,
por que alguém plantou uma semente
na cérvice de um ventre maternal:
um espermatozoide inconsequente,
que me deu, como último presente,
o cinza de uma massa cerebral.