Essa mulher...
Edir Pina de Barros
Essa mulher, que passa na avenida,
com pouca roupa, olhos bem pintados,
seios desnudos, tenros, empinados,
que muitos chamam de mulher da vida;
essa mulher, que dizem ser perdida,
que passa com seus tantos rebolados,
que vende mil carícias, mil agrados,
e tira seu sustento dessa lida;
essa mulher que passa, sofre e chora,
levando imensa Caixa de Pandora,
um dia foi menina alegre e pura;
essa mulher, que tanto se condena,
quiçá tenha encontrado só hiena,
nos becos dessa vida, que é tão dura.
Brasília, 26 de Fevereiro de 2013.
Cantos de Resistência, pg. 58
Sonetos selecionados, pg. 101
Edir Pina de Barros
Essa mulher, que passa na avenida,
com pouca roupa, olhos bem pintados,
seios desnudos, tenros, empinados,
que muitos chamam de mulher da vida;
essa mulher, que dizem ser perdida,
que passa com seus tantos rebolados,
que vende mil carícias, mil agrados,
e tira seu sustento dessa lida;
essa mulher que passa, sofre e chora,
levando imensa Caixa de Pandora,
um dia foi menina alegre e pura;
essa mulher, que tanto se condena,
quiçá tenha encontrado só hiena,
nos becos dessa vida, que é tão dura.
Brasília, 26 de Fevereiro de 2013.
Cantos de Resistência, pg. 58
Sonetos selecionados, pg. 101