Ao meu avô paterno
Ao meu avô paterno ( Agostinho José de Santiago Neto)
Num recanto do quarto a indumentária
Reminiscência fiel do meu avô
À farpela sublime que ficou
Como peça daquela vestuária
E bem no centro a velha secretária
Que o cupim famélico destroçou
Uma foto sinistra que marcou
Para sempre a figura solidária
Desse avô fantástico e tão gentil
Eu menciono o seu posto de edil
Nessa terra sagrada de Dom Lino
E como ele eu descrevo a liberdade
Desse povo que sofre a impunidade
Do regime perverso e libertino
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio agostinho, hoje homem dedicado às letras.