De mim para um túmulo

Solitário eu parei um certo dia

Num túmulo que estava abandonado

Ouvindo ao voz nefasta de um finado

Que na campa fúnebre já dormia

A voz afônica gemendo me dizia:

"Você amigo está um pouco definhado"

Ouvindo isto eu fiquei desmoronado

Como um ente tristonho que morria

A voz afônica fazia um escarcel

Estremecendo no grande mausoléu

Assombrei-me com aquela voz nefasta

Fiz um discurso diante aquele túmulo

Dizendo amigo você é o acúmulo

Que conserva a glória dessa casta

Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio agostinho, hoje homem dedicado às letras.

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 26/02/2013
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