APRISIONEI-ME EM MIM. soneto-344.

Numa noite de cruciante e amarga solidão,

Com o espírito atordoado senti-me assim,

E o esmorecimento invadiu meu coração,

Achei-me triste prisioneiro dentro de mim.

Sem fôlego à garganta prendeu-me a voz,

Faltou-me o verbo deixando-me sem ação,

E na estrema angústia a dor é peste algoz,

A converter aos poucos sonhos em desilusão.

Preso em meu mundo eu já sou encarcerado,

Por meus próprios medos vivo acorrentado,

Fecham-se as portas não tenho pra onde ir.

Eu que antes vigoroso hoje vivo sem saída,

Entregue às renúncia adentro própria vida,

Apenas o seu amor me instiga a prosseguir.

Cosme B Araujo.

26/02/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 26/02/2013
Reeditado em 26/02/2013
Código do texto: T4160163
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