PENÚRIA...

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As folhas pelos galhos, amarelas,

Mergulham pelo vento que ali passa;

Morrendo voam ao chão, mas, com tal graça,

Que tingem a tarde triste d’aquarelas...

 

Depois qu’elas despendem mortas, belas,

Gracejam pelo ar e caem na Praça;

Num pouso magistral, de forma lassa,

Aos pés tão delicados das donzelas...

 

Meus olhos pesarosos, intrigantes,

Atentam nestas cenas tão dolentes

Que passam pelo tempo, desbotadas...

 

As folhas voarão bem adiante,

meus olhos tão penosos, renitentes,

Assistem á morte delas... Revoadas!

 

Arão Filho

São Luís-Ma, 25 de Fevereiro de 2013.