Quando no teu cio
Quando no teu cio
Me acolhes em tua concha quando no teu cio;
Me levas à tua cama e em mim te emaranhas;
Me guias ao prazer cárneo das tuas entranhas;
Com astúcia tu abusas de lascivo poderio...
Feliz em ser partícipe das tuas façanhas;
Com manha me assanhas me causas arrepios;
Me acolhes em tua concha quando no teu cio;
Me levas à tua cama e em mim te emaranhas.
Voluptuoso me entrego as tuas artimanhas;
num brinde que é um beijo profundo e febril,
numa troca em que só o prazer é que ganha.
E quando em mim é noite e ameaça o frio,
o abraço da má solidão não me alcança...
Me acolhes em tua concha quando no teu cio.
Beto Acioli
Recife, 25/02/2013