Envenenado de Amor
Qual sabor terá o elixir do amor
Que levado na treva da apagada vela,
Oferecendo mil voltas até que ela
Queime já todo este impossível amor.
Vou correndo deste sentir no peito ardor
Nos olhos luminosos de alessandra bela;
Não me domo mas tenho que ter cautela
Libertar-me deste bem querer sem rancor.
Conheço o amor e por isso não me engano,
O quanto o içar da vela do tormento,
E como vou morrendo assim mormente;
Todavia quero viver um amor profano,
Araigado no coração e pensamento,
Envenenando-me aos poucos a serpente.