Envenenado de Amor

Qual sabor terá o elixir do amor

Que levado na treva da apagada vela,

Oferecendo mil voltas até que ela

Queime já todo este impossível amor.

Vou correndo deste sentir no peito ardor

Nos olhos luminosos de alessandra bela;

Não me domo mas tenho que ter cautela

Libertar-me deste bem querer sem rancor.

Conheço o amor e por isso não me engano,

O quanto o içar da vela do tormento,

E como vou morrendo assim mormente;

Todavia quero viver um amor profano,

Araigado no coração e pensamento,

Envenenando-me aos poucos a serpente.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 17/03/2007
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T415853
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