A ESPERA
Posso imaginar teu desconforto
Sentada aí no banco espera o trem
Sorria acabrunhada e olha torto
Espera encontrar o grande bem.
Logo da estação alguém gritou
Acorda Sofia! Esse aí não vem!
A outra desesperada insinuou...
Sofia, ele me enganou, ficou no trem.
Não perde a esperança a menina
Com um gesto singelo olha e pisca
No banco da estação ela arrisca.
As onze o trem para na estação
A menina ansiosa brada e chama
Na janela o mancebo que ela ama.