O dia Negro
O dia surgiu pálido como a morte
O sol recusou-se de nascer
Os pássaros protestando a minha sorte
Resolveram se calar no alvorecer
Um vento radial vindo do norte
De assalto, dominou todo o meu ser
Destruiu o que tinha de mais forte
A vontade inabalável de viver
Não! Não sou eu quem eu vejo no espelho
Esse monstro com orelhas de coelho
É a sombra de um cadáver inanimado
Meu futuro ao mundo será nocivo
Meu presente é lixo radioativo
Nada eu fiz, jamais, no meu passado