O LAPIS, O LIVRO E EU
Odir Milanez
Marquei o encontro: lápis, livro e eu,
em soturna e servil mesa de bar.
Da noite havia estrelas sobre o breu,
pontos de luz havia sobre o mar.
- Eu pensei alcançar o apogeu!
- lê-me o livro em discurso devagar.
- O meu édito ao tempo se prendeu:
ser ou não ser, valer ou ser vulgar!
Disse o lápis: - Fui eu quem o escreveu,
até minha madeira mal durar,
até que meu grafite refeceu!
Então me confessei: “O livro é meu.
Mas me perdi no tempo e no lugar
onde versos de amor ninguém mais leu!”
JPessoa/PB
23.02.2013
oklima
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...