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                         Talvez


Não, eu não saberia cantar coisa alguma
Que aos teus ouvidos soasse tão alegre
Só posso sentir o que a ti persegue
Pelo pensamento em cavalgada pluma

A minha canção só  te seria mais uma...
E eu morreria desta poluta febre
Que acomete sempre a quem se atreve
Ser depositário da infinita bruma

Talvez esta dor te esvaziasse tanto
E transbordasse em vida todo o Mar Morto
E teu coração morresse mais, portanto

Mas a dúvida ancorada no meu porto
Busca meios de singrar meu pranto
Flechada, talvez, por um sentimento torto.