Solidão (2)
Oh! Dias meus! Tristonhos, malfadados,
perdidos no passado, em seus escombros,
um fardo que carrego nos meus ombros,
a machucar-me os pés, demais cansados.
Eternos dias meus, estilhaçados
por vendavais de dores e de assombros,
(jamais de paz, de luz e desassombros,
nas águas dos prazeres mergulhados).
E nos umbrais escuros, pestilentos,
que minam minhas forças, pensamentos,
eu morro de tristeza e solidão.
Assim perdida, sem ter rumo, norte,
prossigo em direção à própria morte,
entregue aos seus afagos, sedução.
Brasília, 22 de Fevereiro de 2013.
Livro: Sonetos diversos, pg. 85
Oh! Dias meus! Tristonhos, malfadados,
perdidos no passado, em seus escombros,
um fardo que carrego nos meus ombros,
a machucar-me os pés, demais cansados.
Eternos dias meus, estilhaçados
por vendavais de dores e de assombros,
(jamais de paz, de luz e desassombros,
nas águas dos prazeres mergulhados).
E nos umbrais escuros, pestilentos,
que minam minhas forças, pensamentos,
eu morro de tristeza e solidão.
Assim perdida, sem ter rumo, norte,
prossigo em direção à própria morte,
entregue aos seus afagos, sedução.
Brasília, 22 de Fevereiro de 2013.
Livro: Sonetos diversos, pg. 85