Noite longa
 
Dormir está difícil, não consigo,
a corujinha pia na varanda,
a cachorrinha late em outra banda,
e, sonolenta, fico de castigo.
 
Percebo que não há qualquer perigo,
ainda que o barulho aumente, expanda,
e a noite fique longa e tão nefanda,
o tempo vai passando e assim prossigo.
 
O dia vem em meio a tal tormenta,
e a bicharada - antes barulhenta -
silente fica... Vai dormir, enfim.
 
E, já cansada e tonta, me levanto,
ainda jururu escuto o canto
do joão-de-barro lá no meu jardim.
 
Brasília, 22 de Fevereiro de 2013.
Sonetos Diversos, pg. 82

Tela: Telma Cavalcanti
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 22/02/2013
Reeditado em 21/08/2020
Código do texto: T4154257
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