O TEMPO... A MORTE...
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Nos vãos do tempo entrego a minha sorte,
A esmo, em vão... E esqueço o meu destino!
Mergulho nas lembranças de menino,
E tenho dos meus sonhos meu consorte...
Nas vias deste tempo duro, forte,
O fim também andeja com seu tino;
Calado permanece, siso, fino,
Contendo uma sangria em seu corte!...
Nas lúridas manhãs tão distraídas,
O tempo se recorda, tem lembrança,
Que a sorte que lancei tornou-se finda...
Nas plainas das tristezas destas vidas,
O tempo cessa a música e a dança,
E chora a minha morte, bela, linda!...
Arão Filho.
São Luís-Ma, 22 de fevereiro de 2013.