Confissões (16)
Edir Pina de Barros
A vida, que quebrou os meus brinquedos,
sem piedade alguma, caprichosa,
estilhaçou meus sonhos cor-de-rosa,
tornou-me dura e fria, quais rochedos.
Impôs-me tantas chagas e degredos,
tornando-me silente e cautelosa,
por vezes tão felina e venenosa,
cortante feito as pontas dos penedos.
Restou-me esse lirismo tão plangente,
esse chorar em versos, simplesmente,
na solidão maior da madrugada.
Eu brinco co’as palavras, faço versos,
buscando, dentro em mim, nos meus anversos,
razão para viver sem ter mais nada.
Brasília, 22 de fevereiro de 2013.
Edir Pina de Barros
A vida, que quebrou os meus brinquedos,
sem piedade alguma, caprichosa,
estilhaçou meus sonhos cor-de-rosa,
tornou-me dura e fria, quais rochedos.
Impôs-me tantas chagas e degredos,
tornando-me silente e cautelosa,
por vezes tão felina e venenosa,
cortante feito as pontas dos penedos.
Restou-me esse lirismo tão plangente,
esse chorar em versos, simplesmente,
na solidão maior da madrugada.
Eu brinco co’as palavras, faço versos,
buscando, dentro em mim, nos meus anversos,
razão para viver sem ter mais nada.
Brasília, 22 de fevereiro de 2013.