Plangência
Sem ti meus dias são cinzentos, ermos,desertos de desejos, de alegrias,
repletos de saudades, nostalgias,
sem lume, feito os olhos dos enfermos.
Lamento, meu amor, também não sermos
felizes, como nos passados dias,
vivendo nossos sonhos, fantasias,
de amor falando, nos seus próprios termos.
Sem ti padeço sem qualquer remédio,
perdida nos umbrais do imenso tédio,
nas sombras noturnais da solidão.
O meu viver, enorme e duro fardo,
(inferno de suplícios, onde eu ardo)
tornou-se um caminhar sem ter razão.
Brasília, 22 de Fevereiro de 2013.
Estilhaços, pg. 49
Sonetos selecionados, pg. 77