CRISTAL
Revia Inês e a doce primavera
Lançava os buquês pelos jardins.
Fitava a lua e céu à sua espera.
Nos arredores, doutos querubins...
E de luar a noite foi inflando,
E em meu olhar eu tudo permitia,
E via Inês, e era Inês um anjo
Em meio aos outros anjos que eu via...
Mas era apenas sombra, ou sonho, ou nada;
Talvez uma ilusão tanto vivida...
Os olhos de Inês que me fitavam...
Saudade era talvez, ou realidade
Num sonho surreal em que eu a via.
Ou era então apenas a saudade.