Dom ternar

Tão bonito é o fulgor, que acalma e impera!...

No copioso compor, daquele menino.

Tão louvável é o amor, que a alma gera.

Que acena com louvor, praquela menina!...

Na hora dos amores, que pairam cristais...

-- Ah! O tato fulgura com palma perfumada!...

Germinam flores puras... Cores magistrais!

Na esfera dos sabores... -- Almas cristalizadas!...

Na flor dessa jornada, o cepo afeiçoa!...

Num mar de fervor e flama; — ardor ecoa...

A alma clama, e o corpo só quer amar!...

Mavioso acalento que cura, - Oh lírios brilhantes!--

! — Oloríferos... — ! olentes... — olorantes!...

Não há frieza ou injúria, neste dom ternar!...

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 22/02/2013
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