Dom ternar
Tão bonito é o fulgor, que acalma e impera!...
No copioso compor, daquele menino.
Tão louvável é o amor, que a alma gera.
Que acena com louvor, praquela menina!...
Na hora dos amores, que pairam cristais...
-- Ah! O tato fulgura com palma perfumada!...
Germinam flores puras... Cores magistrais!
Na esfera dos sabores... -- Almas cristalizadas!...
Na flor dessa jornada, o cepo afeiçoa!...
Num mar de fervor e flama; — ardor ecoa...
A alma clama, e o corpo só quer amar!...
Mavioso acalento que cura, - Oh lírios brilhantes!--
! — Oloríferos... — ! olentes... — olorantes!...
Não há frieza ou injúria, neste dom ternar!...
(Airton Ventania)