SOPRO DE VIDA

Ela é como vento bravio

Que vem não sei de onde

Soprando forte a tempestade

Deixando tudo de pernas pro ar

E quando se vai deixa um grande vazio

Simplesmente desaparece e se esconde

Pra lá das montanhas; longe da cidade,

Ou atrás do horizonte; entre céu e mar

Sem ela, a vida é enfadonha calmaria

É ar viciado, sem futuro, ou esperança

É jangada que não veleja sem vento

É fruto caído à sombra e jamais irá brotar

Oro, por sua louca chegada, noite e dia

Afim de encontrar meu sorriso de criança

E não importa o tempo, pode ser um momento

Se vivo destes instantes e o restante é sonhar.

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