Memórias

Filhas de tempos e de homens, de Histórias...

O Tempo que as cria e também devora;

De minuto a minuto, de hora em hora,

Nascem memórias e morrem memórias

Paridas de mitos e de oratórias,

Ante as guerras e disparos de pólvora,

Ante a atroz fome desse Ego que alvora

Os homens e todas suas estórias.

O homem quer educar a própria ação,

Cada memória e cada abstração,

Feita de seu Ego de paranoia!

Guarda memórias num porão soturno,

Numa fome maior que a de Saturno

Comendo um filho no quadro de Goya!

Vitor Costa
Enviado por Vitor Costa em 21/02/2013
Reeditado em 01/03/2013
Código do texto: T4152600
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