COMO RIO
COMO RIO
Joyce Sameitat
Teias fininhas quase que invisíveis;
Cobrem o tão belo palor da lua...
Mas estrelas altas e invencíveis;
Iluminam com ela as quentes ruas...
E do chão escuro sobe tanto vapor;
Que faz o suor livremente escorrer...
Prefiro pensar que são restos de amor;
Que resolveram por ora se derreter...
Aqueles que se foram e não retornam;
Que já não tem mais sentido de ser...
E pelo suor escorrem e muito choram;
Porquê teimam em não perecer!
Se agarram ao passado e o evocam;
Mas como os rios eles têm de correr...
SP - 21/02/13