SÊMEN (ao amigo Lord Hermílio)

 

Desceu o sol atrás do findo dia;

crepúsculo divino, escarlate;

Bebeu daqueles haustos, terno vate,

em lágrimas sensíveis, poesias...

 

Tomou a pena doce, tão macia;

Teceu nas livres pautas, com arremate,

As letras ledas, puras, com magia,

Tal qual um ramalhete n’um açafate...

 

Olhando o despertar da lua linda,

do outro lado frio do planeta,

Então, chora de novo emocionado...

 

Copia com emoção tão forte, infinda,

C’o sêmen sendo a tinta da caneta,

transforma o papel virgem em fecundado...!

Arão Filho

São Luís-Ma, 20 de Fevereiro de 2013.