Filho pródigo

Meu Deus, ainda em mim tenho guardados

Suspiros reprimidos dos teus anjos;

Nos tímpanos, bem mais guardados, banjos

Cantando as comoções do meu passado.

Sabe que embora eu tenha-me afastado,

Perdido sigo às margens dos arranjos;

Dos baluartes flavos dos arcanjos;

Atento que meu passo segue errado.

Aceitas, todavia, este teu filho,

Que por ingenuidade errou do trilho,

Lançando-se perdido à iniquidade?

Acaso seja sim que me respondas,

Eu seguirei de mim fazendo sondas,

Até que me domine a lealdade.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 20/02/2013
Reeditado em 20/02/2013
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