Filho pródigo
Meu Deus, ainda em mim tenho guardados
Suspiros reprimidos dos teus anjos;
Nos tímpanos, bem mais guardados, banjos
Cantando as comoções do meu passado.
Sabe que embora eu tenha-me afastado,
Perdido sigo às margens dos arranjos;
Dos baluartes flavos dos arcanjos;
Atento que meu passo segue errado.
Aceitas, todavia, este teu filho,
Que por ingenuidade errou do trilho,
Lançando-se perdido à iniquidade?
Acaso seja sim que me respondas,
Eu seguirei de mim fazendo sondas,
Até que me domine a lealdade.