QUANTO QUERER. Soneto-341.
Quisera eu poder calar a voz do pensamento,
Com uma borracha apagar as minhas mágoas,
E sem medo de cair voar sob as asas do vento,
Adentrar os oceanos sem me afogar nas águas.
Quisera ser indiscreto a ponto de argumentar,
Em debater ferozmente o porquê de tal sofrer,
Ser pertinaz nos termos sem ter medo de errar,
Mas sei é algo impossível tem limites nosso ser.
Quisera conseguir falar com a voz do coração,
Nos conexos da escrita expressar com exatidão,
As coisas que me torturam e nunca esmorecer.
Quisera nunca sentir as dores que sinto agora,
E se achasse meus lábios a consolar o que chora,
E trazer ao humilhado o mais lindo amanhecer.
Cosme B Araujo.
20/02/2013.