INCÓGNITA
INCÓGNITA
Joyce Sameitat
As luzes da cidade em cores estressadas;
Dividem seu brilho com a noite escura...
Que depois de uma imensa chuvarada;
Escondeu das estrelas até as figuras...
Então minh'alma do nada agoniada;
Borra as imagens qual fina neblina...
Enquanto me digo: Não há de ser nada;
Bem no íntimo algo só me azucrina...
A paisagem tão clara por raios cortada;
Mostra-me partículas do meu ser...
Esparsos na chuva que berrou amuada;
Fazendo o que sinto em mim estremecer!
Já nem sei se trago minh'alma lavada;
Ou a estas alturas... Prestes a fenecer...
SP - 18/02/13