Soneto ao passado
Como lembranças geralmente se manisfesta
Em outros instantes nos sonhos e cochilos
Fragmentos de vida que escapam pelas arestas
De momentos remotos e tempos vividos.
Num olhar distante nos pomos a vagar
Como em transe estivesse fitando
Um abstrato que nossa iris fica a contemplar
Imagens turvas de outrora relembrar.
Negação de um passado imediato
Aceite do que não temos como contabilizar
Do nada que não aconteceu em meio ato.
Que surge repentinamente qual brisa no ar
E em curtos e longos pensamentos
Nos dedicamos a navegar.