Ama-me se bem queres.
Entre fornidos laços, sem abrolhos.
E ante sucinta luz, que espelha.
Foi-se a tinta no traço dos escolhos.
É vasto entrelaço, que assemelha.
Os desejos mais puros .... entre linhos.
Tua aurora... voa ... ecoa e impele
Anseio o horizonte no pergaminho!
Enleio a hora boa no ternar da pele!...
Mordisquei a senda com o purismo...
Beijei os teus seios... Ó, erotismo!...
Amei-te sob o sol efêmero da lua!
Naquele baile, beijos... vai e vem...
Quero-te neste rumo... mais além!...
— Dai-me teu lirismo... ama-me nua!...
(Airton ventania)