Oh, Cervantes!

Minhas esperanças são já defuntas.

Tão jovens que partiram sem receios,

Tentei prendê-las, mas não tive meios,

Deixaram-me sem dó e sem perguntas.

Vieram com as graças, foram juntas.

E, doi-me o peito agora, sem receios,

Um peito dantes de esperanças cheio

Transborda dores que são moribundas.

Ai! que dor! que tristonha desventura

Sinto-me doente sem haver cura

Desfaleço em meus versos, só, perdida,

Cervantes certo estava em suas lembranças,

Pois que, uma vez perdidas esperanças,

Também se perdem as razões da vida.

SHAIANE DA SILVA BANDEIRA
Enviado por SHAIANE DA SILVA BANDEIRA em 18/02/2013
Reeditado em 18/02/2013
Código do texto: T4147538
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.