A PRÓPRIA MORTE
A PRÓPRIA MORTE...
Quem dera nestas brumas tão saudosas,
que turvam a manhã tão erma e fria,
tu visses minhas lágrimas chorosas,
caídas da minh’alma neste dia!
São lágrimas mais tristes, lutuosas,
dos prantos mais profundos, nostalgias;
parecem até com pétalas de rosas,
perdidas pelo vento, à revelia...
Quem dera que pudesses vir comigo,
De mãos dadas num voo ao infinito,
rumando pelas nuvens, indo ao Norte!
Quem dera fosse eterno o meu abrigo,
Teu peito, meu amor, amor bendito,
embora me custasse a própria morte!
Arão Filho
São Luís-Ma, 18 de Fevereiro de 2013.