GÉLIDO BEIJO....
Quando a brisa não mais refresca, que se faz pranto
quando o luar não mais nos clareia, que se faz opaco
quando os olhares não mais se flertam, que se faz distantes
quando o beijo não mais se faz quente, que se faz murcho, frio
os sinais se pronunciam, emergem-se em novos ciclos
em novos momentos de emoções em desagrego,
quando a alma vazia devasta o corpo, desertifica vidas
se prostra inerte, fora do espaço, como que fora do ar...
um aceno ao longo e acanhado, tímido e desregrado
impossibilita um abraço que poderia ser espontâneo
face, tua partida fria, assombreada por teus cinzas
aos encantos dos amores dos nossos melhores dias,
das vidas que divagaram em sonhos, agora se perdem as mãos
sem lamentos, sem emoções se distanciam, em gélidos sentimentos
Romulo Marinho