GÉLIDO BEIJO....

Quando a brisa não mais refresca, que se faz pranto

quando o luar não mais nos clareia, que se faz opaco

quando os olhares não mais se flertam, que se faz distantes

quando o beijo não mais se faz quente, que se faz murcho, frio

os sinais se pronunciam, emergem-se em novos ciclos

em novos momentos de emoções em desagrego,

quando a alma vazia devasta o corpo, desertifica vidas

se prostra inerte, fora do espaço, como que fora do ar...

um aceno ao longo e acanhado, tímido e desregrado

impossibilita um abraço que poderia ser espontâneo

face, tua partida fria, assombreada por teus cinzas

aos encantos dos amores dos nossos melhores dias,

das vidas que divagaram em sonhos, agora se perdem as mãos

sem lamentos, sem emoções se distanciam, em gélidos sentimentos

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 18/02/2013
Reeditado em 07/07/2014
Código do texto: T4147027
Classificação de conteúdo: seguro