FIM DE PAPO

Se imploro o seu amor ele nem liga...

Se fico assim na minha ele se exalta...

Tão grande o sobe e desce da ribalta

Tão frágil, sendo o amor, morrer, periga.

Cansada já, da coisa tão ambígua,

E da tristeza imensa que me assalta.

Mas que fazer se ao olhar já salta

Verdade que não quero e que fustiga?

Não é amor, não foi, nem há de ser

Prossigo meu caminho sem sofrer...

Teu jogo acaba agora, enfim decido...

Se continuo, aos poucos, suicido

O pouco de respeito que me resta...

Voltar atrás, não dá... Farás a festa!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 18/02/2013
Reeditado em 22/04/2014
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