Esperança
Acende a cobiça, falha de sentimento,
Padeço e morro num calvário penando,
Por uma vereda estou sempre escalando
Os penedos da dor no sofrer em tormento.
Não quero confessar meu padecimento,
Num aceno avisado e se entregando,
Sempre tenho que morrer me calando,
E um beócio desgraçado afoitamento.
Quero almejar impetrar por aqui a fala,
De um temerário poeta na balança,
Do amor triste e imortal que o iguala.
Porque este se atreve e nunca alcança,
Quero esta mulher que não se cala
Sempre falando a ouço em uma esperança.
Herr Doktor