DESENHO EM NUVENS

Diáfanos elefantes desmancham no infinito azul
Derramam potinhos de cãezinhos valentes em vento que se recua
Crisálidas de borboletas se transformam em avestruz
Não tem mistério, é algo perceptível à luz da lua

É simples de se ver, é só fixar os olhos ao céu alucinante
Verás coelhinhos sem orelhas e peixes sem escamas
Misturando lucidez em formas lúdicas dissonantes
À atmosfera de desenhos em distintos panoramas

O brilho do sol resplandece o céu azul em movimento
A força das chuvas acinzenta os desenhos
Desmonta animais, flores e cria novos fragmentos

De perto das nuvens não há desenhos condensados
Só se vê o vento arrastar partículas no infinito
Num campo alvo de algodão pastado

Renata Rodrigues
Enviado por Renata Rodrigues em 17/02/2013
Reeditado em 18/02/2013
Código do texto: T4144959
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