Deslinde
Maldigo as circunstâncias em que paro
Coberto da descrente diretriz.
E um palmo a mais diante do nariz,
Não vejo, não entendo, não reparo.
Perdi da fé que eu tive aquele faro.
Tão apurado faro, tão feliz.
Dos cheiros de esperança, uma matriz,
A conceder dos sonhos o mais caro.
Que foi que me passou que não mais vejo
Nas divinais cortinas de um lampejo
Um tom de Deus que mostre uma saída?
Responde-me sarcástico o destino:
_O credo que tu tinhas de menino
Perdeste quando descobriste a vida.